para joana rios
terça-feira, 2 de março de 2010
a cadeira
puxa uma cadeira, ainda agora aqui cheguei e já é tanto o tempo deslocado, as janelas abertas por onde o vento nos invade os cabelos. tudo sai do lugar, tudo recomeça. puxa uma cadeira. na cabeça alguns versos de poemas antigos, alguns dizeres que tentamos compreender na distância, onde tudo é um lugar para ter os dedos, um território conquistado ao desconhecido. foi há muito tempo, foi agora mesmo. puxa uma cadeira. olha lá fora. a casa é ainda o reduto da poesia. ainda. a cadeira.