domingo, 28 de março de 2010
sophias sem clássicos
tenho as janelas abertas, leio os poetas do realismo. para aqueles que tentaram secar o lirismo dos seus versos, o poema é um lençol estendido na janela, um recado preso à porta do frigorífico, um quarto em lisboa onde ninguém dormia sem ser de manhã. tenho as janelas abertas, leio os poetas do realismo. já não me dói a cabeça, mas esperar que algo tão limpo me faça saltar da cadeira é esperar demasiado. são sophias sem clássicos, manhãs sem magia. tenho as janelas abertas.