segunda-feira, 15 de março de 2010
diário de vila do conde 9
com o alberto manguel e a história da leitura na cabeça (e também na mala), vou compilando informações que apoiam ou contradizem as suas teses relativamente aos leitores. no jantar de ontem fui surpreendido por uma história que me deixa a pensar que talvez a força da cultura em que crescemos não seja assim tão decisiva, quando ficamos expostos a outras culturas. o facto é o seguinte: um português de dezanove anos, habitual leitor de livros de manga, pegou numa banda desenhada do astérix e não compreendendo bem a história, só mais tarde se apercebeu de que tinha começado a ler o livro a partir do fim. ou seja, mesmo com anos e anos de leitura da esquerda para a direita, uma exposição intensa a uma leitura com outra formatação levou-o a hesitar perante o livro. ou seja, tudo no homem é mutável. tudo.