domingo, 10 de outubro de 2010
casa de alba
albergaria-a-velha está parada, como tantas cidades do país, num tempo onde já só reside a nossa memória. ainda assim, a memória tem fortes sabores. na casa da alameda, bem junto à estação ferroviária, entra-se na adega e, de imediato, se reconhece a nossa própria identidade. as pessoas são simples e correctas, o pão saboroso, as toalhas limpas. da ementa, escolhe-se umas iscas que caíram do céu, entre a cebolada preparada pelo cozinheiro. muitos quilómetros se completaram e tantos outros se completarão para, repetidas vezes, se voltar a lembrar o dia em que se entrou na esquecida albergaria-a-velha e, numa das casas de alba, se encontrou tal repasto, concreto e achado, nos sabores da memória.