terça-feira, 29 de junho de 2010
uma questão de horários
cada mundial obriga-nos a criar todo um programa de conjugação entre a nossa vida e os horários dos jogos de futebol. ora se vivem mundiais que se prolongam pela noite dentro (como nos estados unidos), que nos obrigam a levantar a horas impróprias da cama (como o da coreia/japão) ou então aqueles mundiais que nos fazem ter que fintar uma série de obrigações profissionais para não perder os jogos (é o caso do mundial que agora decorre, como foi o caso do mundial da alemanha). das várias hipóteses, a que guardo, até agora, como mais difícil foi a dos estados unidos. jogos que começam à meia-noite, duas ou três da manhã, fazem com que o sono (e algumas vezes o peso de uma saída à noite) lute furiosamente contra a nossa capacidade de dispensar atenção a um jogo de futebol. já lembrei aqui longas lutas contra o sofá para resistir à final do mundial de 94, mas dos jogos mais complicados de acompanhar, para mim, foi um argentina-portugal, nos jogos olímpicos de 96, quando, com alguns amigos e uma garrafa de gold strike, a cada minuto que passava mais complicado era discernir entre o que era jogador português, jogador argentino e relvado. incrível, como ficou memória disso.