sexta-feira, 18 de junho de 2010
o improvável blanco
se há uma coisa que no futebol nunca consegue ser explicada é o facto de uma análise lógica e racional dos acontecimentos cair, por tantas vezes, em saco roto. cuauhtémoc blanco é, agora, um desses casos. quando o vi entrar em campo contra a áfrica do sul, pensei o que levava alguém que foi, em tempos, um fantástico jogador, se arraste agora pelos relvados, aos trinta e sete anos e com uns quinze quilos a mais do seu peso ideal. no entanto, frente à frança, recebi a resposta. um passe de morte para hernandez, logo após ter entrado em campo, fez o um a zero. e, mais tarde, na conversão de uma grande penalidade, blanco tornou-se num dos poucos jogadores que pode dizer que marcou golos em três fases finais de mundiais de futebol. a glória de fazer história. é sempre isso (aliado ao prazer) o que motiva até o jogador mais improvável a não recusar estar presente no campeonato do mundo.