a alemanha sai por cima, mas já mostrou as suas fragilidades. no entanto, é das suas forças que temos que falar. ozil é um jogador fora-de-série, que aparece em grande num mundial de futebol quando pouco era conhecido fora do seu campeonato. os alemães, apesar de muito jovens, são os alemães. e foi isso que mostraram em campo, quer quando defrontaram adversários retraídos (austrália), quer quando tiveram que ganhar (gana). vão ter que crescer nos jogos a eliminar.
o gana é a mais europeia das equipas africanas. joga no erro do adversário e no físico dos seus jogadores. essas duas armas valeram-lhe a qualificação, mas vão precisar de arriscar mais para vencer um jogo nos oitavos-de-final. e essa é a dúvida que o gana me deixa (já foi assim na taça das nações africanas): esperar para ganhar pode levar-nos longe, mas coloca-nos sempre perto de não ter mais o que esperar.
a austrália foi a decepção da primeira jornada e acabou por ser esse resultado que os condenou à eliminação. contra gana e sérvia, recuperaram a alegria do seu jogo, aplicando os princípios que tornam a equipa down under tão atraente de ver. ainda assim, a inocência de alguns dos seus jogadores acabou por receber uma resposta implacável neste campeonato: sonha-se para lá chegar, mas não se ganha com sonhos.
a sérvia é vítima da sua personalidade. egocentrismo dramático, com queda para a tragédia. perdem jogos por erros infantis, ganham à equipa favorita, perdem contra um adversário acessível quando estavam bem perto de se qualificar. que boa seria a equipa sérvia se não fossem os sérvios.