amanhece devagar em dezembro, o mar enrola-se no vento e ecoa nos meus ouvidos. alguns passos no corredor dos prédios, um cão que ladra lá fora, um carro que passa. amanhace devagar em dezembro, sobretudo se é domingo, se o café ainda não aquece na cafeteira, se ninguém nos telefona a chamar para o almoço. tento agarrar o telefone e sinto as páginas do livro na mesa de cabeceira. sorrio, só para dentro, de olhos fechados. amanhece devagar, por aqui.