domingo, 29 de novembro de 2009
popless - I
os segredos contam-se ao de leve, eu não sei já onde tudo terá começado, de noite ou de dia, nós não fazemos as horas dos nossos próprios desencontros. era do silêncio a nossa relação agora inaugurada, do silêncio dos elevadores a subir e a descer nos arranha-céus, das bocas marcadas nos espelhos, pequenas vinganças que deixamos aos vizinhos que chegarão ainda mais tarde do que nós. nada em nós era contacto, apenas desejo dimensionado pelos olhares escondidos. no início, tu e eu, ainda éramos tão menos do que o prometido, tão mais pequenos do que aquilo que as explosões que sentíamos no interior dos nossos corpos pareciam já prometer.