quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

cabeça

a minha cabeça cheia de coisas e os nossos corpos a arrumarem-se debaixo do lençol, és capaz de mudar o lugar dos móveis sem fazer esforço nenhum de braços, os teus olhos fixam-se nos objectos e eles movem-se, enquanto eu fico sentado a ler o jornal mas sem conseguir concentrar-me nas notícias, a minha cabeça cheia de coisas e os nossos corpos a viajar rumo a itália, era uma vez um macaquinho do chinês, os homens todos do café a perguntar por mim, a casa irreconhecível quando regressei, e quase até era capaz de jurar que havia um outro homem, exactamente como eu, a ler o jornal, com a mesma cara de espanto que eu fazia sempre que tu mudavas as coisas do lugar.