ao leitor, faz imensa confusão que falemos de nós próprios. compreenderá o leitor que estamos a tentar expurgar da nossa vida aquilo que nos magoa. mas considera inaceitável que, dessa maneira, acabemos por expôr ao mundo o que acontece dentro de nós.
mas, leitor, aprende a revelar a calma dos sábios. não te deixes encantar pelo nevoeiro, pelas promessas de reis voltados de guerras perdidas. respira fundo, aproveita o ar do mar. e percebe, no entretanto, que uma simples palavra escrita é já um grande desvio da nossa intimidade.