sexta-feira, 13 de março de 2009

bate-pé

numa das crónicas de nada de melancolia, pedro mexia fala do jogo do bate-pé como prática adolescente. para mim, esse era um jogo da escola primária. testavamos os avanços possíveis, de um aperto de mão, a um beijo de fugida na face, até um beijo mais demorado. nunca nenhuma rapariga se afoitou ao beijo nos lábios, embora algumas vezes tenhamos arriscado pedi-lo. éramos descarados. tão descarados como aquela rapariga mais velha (talvez andasse na segunda ou terceira classe) que me convidou a jogar com ela, prometendo um beijo nos lábios separados apenas por um lenço, e que no recreio combinado, não apareceu.