a mão finge-se presa e não se atira logo às letras que existem para compor a palavra. a mão finge-se e a cabeça esforça-se por a fazer funcionar. no entanto, falha. a cabeça esforça-se e falha, de novo. e é no momento em que quase se desiste, que a mão renasce e escreve. a cabeça atordoada ao vê-la escrever, a mão avança por palavras e frases, textos inteiros. e é esse atordoamento que compõe o poema.