quarta-feira, 2 de setembro de 2009
setembro
haverá alguma utilidade em ser setembro, em ver todos os lugares de estacionamento preenchidos, em saber das pessoas que regressam às suas casas, ao seu dia-a-dia habitual. por mim, ficou-me a sensação de um longo verão, embora o ano esteja a ser tão pequeno (foi ontem a passagem de ano com o aquecedor ligado e um filme da guerra das estrelas na televisão). haverá alguma utilidade em ser setembro, setembro é o mês nove e nove é o número daqueles que finalizam, marcam golos, festejam perante as plateias. é agora que a minha casa fica sozinha plantada no mesmo lugar, onde o sol a aquece mais porque há menos gente, onde o silêncio é envolvente e se pode ler um livro inteiro numa só noite. haverá, ainda assim, alguma utilidade em ser setembro. as palavras continuarão a ser-nos doces, novidades surgirão pelas mãos de quem menos se espera e algumas das grandes expectativas cairão como frutas demasiado maduras. essas, nem para compota, diria uma tia afastada que seguramente existe, mas eu nunca conheci.