quarta-feira, 5 de maio de 2010
linha do oeste
na linha do oeste, andei uma vez a pé, à espera que o comboio não chegasse. à beira da linha me sentei, a olhar um campo de terra, onde rapazes corriam atrás de bolas. na linha do oeste namorei uma rapariga até à figueira da foz. a olhar a linha considerei os campos de óbidos os mais belos. foi na linha do oeste que me fizeram parar na estação das caldas da rainha, onde eu saí para tomar café e comer um bolo. foi a olhar a linha que eu chorei algumas lágrimas, poucas, num dia de despedida. se estivesse distraído, era capaz que a linha do oeste nunca me tinha dado. mas deu-me muitas coisas, entre elas, esta história.