não acreditava que a mulher podia ter duas caras. uma que usava quando a via passar pela rua, outra quando, finalmente, lhe dirigiu a palavra. talvez tivesse ainda mais caras. três, quatro, cinco. caras que apareceriam noutras situações. de futuro, talvez já não fosse tão grande a surpresa. mas o momento em que se apercebeu que a mulher tinha duas caras, não acreditou. e deixou-se levar por esse pensamento, para muito muito longe da mesa de café onde estava.